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  • Como garantir um emprego de desenvolvedor

    Como garantir um emprego de desenvolvedor

    Post rápido e ligeiro com uma lista de atributos que certamente vão garantir a sua vaga como desenvolvedor em qualquer empresa que valha a pena trabalhar.

    Cada atributo tem um dos graus de importância abaixo (do mais importante para o menos importante):

    1. Vital – característica mais do que essencial para vagas de desenvolvedor ou para qualquer outro tipo de posição.
    2. Essencial – característica imprescindível para um desenvolvedor.
    3. Importante – característica importante mas não imprescindível. Pode-se contratar um desenvolvedor que não tenha essa característica desde que haja um compromisso do mesmo em desenvolvê-la.
    4. “Plus” – não faz muita diferença mas pode ser uma característica que pode desempatar (a favor de quem a tem) numa disputa entre dois ou mais candidatos.
    5. Desnecessária – não faz diferença alguma.
    6. Condenável – característica que pode depor contra a sua candidatura.

    O que está escrito aqui é a minha visão sobre o assunto. Algumas empresas contratantes podem divergir no grau de importância de cada atributo. Outras, por questões legais, podem exigir determinada característica listada como:

    • Comunicação (vital) – comunicação escrita e verbal, capacidade de argumentação e de expressar idéias e conceitos.
    • Prazer em programar (vital) – você programa nas horas vagas? Não? Então desista. Corra atrás de trabalhar com aquilo que você faz nas horas vagas. Todos ficarão gratos.
    • Prazer por aprender coisas novas (vital) – Veja… eu disse “prazer por” e não “interesse em”.
    • Inglês para leitura (vital) – não dá mais tempo de esperar por traduções de documentação.
    • Programação (essencial) – tem que saber teoria e prática. Conhecer algoritmos, estruturas de dados, conceitos de OO, paradigmas de programação, teoria da computação, matemática, …
    • Familizarização rápida com ferramentas (essencial) – você é capaz de corrigir um bug numa aplicação escrita numa linguagem que você não conhece em quanto tempo? Consegue produzir código numa linguagem nova em menos de uma semana?
    • Inglês para escrita (essencial) – grande parte dos softwares, bibliotecas e sistemas que usamos hoje são desenvolvidos por estrangeiros. Freqüentemente precisamos trocar um e-mail com esses desenvolvedores.
    • Conhecer bem ao menos uma linguagem (essencial) – essa linguagem varia de acordo com o que você deseja desenvolver, mas ela tem que ser uma espécie de ‘segundo idioma’ seu. No meu caso essa linguagem é Python, mas poderia ser outra.
    • Inglês conversação (importante) – grande parte dos lugares bacanas pra se trabalhar, hoje, são estrangeiros, tem filiais fora do país ou estão contratando estrangeiros pros seus times. Poder conversar com eles é importante.
    • Ter familiaridade com ‘linguagens chave’ (importante) – algumas linguagens de programação estão presentes em tantos lugares que não é mais possível desconhecê-las: assembly de pelo menos 1 plataforma, C, Shell Script, linguagem funcional (fico devendo essa :D), linguagem OO (Java, Smalltalk, Python, Ruby, …).
    • Participação em projetos FLOSS (importante) – universo perfeito para exercitar, experimentar, participar, desenvolver, aperfeiçoar, … todas as características listadas aqui. Alguns lugares onde trabalhei sequer pedia curriculums para contratar um desenvolvedor e usavam só a participação dos mesmos em projetos FLOSS
    • Formação acadêmica (plus) – desde que seja numa boa faculdade (USP, Unesp, UNICAMP, UF*, UTF*, PUC*, …) podem indicar que os alunos aprenderam alguns fundamentos importantes de programação. O convívio social dos alunos para estudo, execução de projetos e trabalhos também acrescenta.
    • Certificações (desnecessária) – empresas que pedem ou avaliam certificações não podem ser empresas onde valha a pena trabalhar. Empresas que usam certificações são aquelas que são incapazes de avaliar corretamente os candidatos e ‘terceirizam’ essa tarefa para as entidades certificadoras. Uma empresa incapaz de avaliar um candidato não pode ser capaz de lhe dar boas condições de trabalho.
    • “Corporacionismo” (condenável) – profissionais que falam “frases que agregam valor e aumentam a sinergia do time junior de colaboradores” ou que acham fundamental a existência de uma regulamentação no mercado de trabalho de TI geralmente são aqueles que não querem ou não conseguem se destacar como desenvolvedor por conta própria e precisa de uma ‘mãozinha’ do governo pra isso.

    Esse artigo descreve algumas características que um desenvolvedor deve ter para conseguir um emprego. Mas se o desenvolvedor quiser empreender e montar o seu próprio negócio, ele precisa das mesmas características? Sim, mas com graus de importância diferentes. Além desses atributos são necessários alguns outros que tentarei abordar em outro artigo.

  • Desempregado ou despreparado?

    Desempregado ou despreparado?

    Nessa semana a empresa onde trabalho me pediu uma ajuda para conseguir contratar um programador Python com uma certa urgência. Como eu sou o moderador da lista Python Brasil optei por enviar um e-mail ligeiramente diferente para a lista de discussão avisando da oportunidade. O e-mail terminava assim:

    Esse artigo é antigo e já não reflete totalmente o meu modo de pensar. Estou mantendo ele aqui apenas por razões históricas.

    Requisitos:
     - Desenvolver pra Linux (necessário)
     - Desenvolver em Python (necessário)
     - Saber inglês (necessário)
     - Se divertir programando (necessário)
     - Desenvolver em C/C++ (plus)
     - Desenvolver Gtk+/GNOME (combo plus)
     - Ter estudado ciências ou engenharia da computação (mega-combo plus)
     - Conhecer bem plataforma ARM (qual é o teu telefone?)

    A partir daí eu fui recebendo e-mails e mais e-mails com curriculums de candidatos à vaga e pude ver que os erros básicos que já vi em outras oportunidades continuam sendo cometidos.

    Pessoal, as coisas que eu vou dizer aqui são sérias e a forma com que vou dizê-las pode ser um tanto contundente. Mas entendam que é para o bem de quem pretende conseguir um trabalho interessante. Algumas pessoas irão se reconhecer no que eu vou dizer abaixo mas para elas eu quero dizer que não é nada pessoal são apenas conselhos de alguém que trabalhou em bons lugares.

    Não lamente, corra atrás

    Uma quantidade considerável dos e-mails que recebi dessa vez (e de outras vezes) são de lamentação. Algo do tipo “Pôxa, que pena que eu não programo em Python muito bem :(“.

    Vamos ser inteligentes. A oferta diz: “Desenvolver em Python (necessário)”. Que parte de “necessário” não foi possível entender do texto? A gente quer um candidato à vaga não uma pessoa precisando de afago.

    No lugar de se lamentar por “não saber Python” você deveria é correr atrás de aprender. Nunca gastei um único tostão pra aprender Python, logo, não ter grana não serve como desculpa. Quando aprendi Python trabalhava em dois empregos e ainda tentava fazer uma faculdade. Isso também elimina a falta de tempo como desculpa.

    Mesmo que você tenha uma boa desculpa pra não ter aprendido Python você vai ter que pensar sobre o que você realmente quer da sua vida: a vaga ou alimentar sua desculpa.

    Se você não tem um bom projeto em Python para trabalhar fique sabendo que tem milhares de projetos de SL esperando pela sua ajuda. Escolha um que te faça feliz e toca o barco.

    O salário será aquele que você irá merecer

    Um outro tanto de e-mails que recebi tinham a pergunta: “Qual é o salário?” e na oferta estava escrito: “Salário acima da média local”.

    Não se pergunta o salário sem você ter sido sequer entrevistado. O salário é a última coisa que se fala com o candidato. Se tá dizendo que é acima da média local significa que é um salário mais alto do que o que você conseguiria por aqui, entende ou quer que eu desenhe?

    Sei que isso é utópico e que as “coisas práticas” são importantes, mas você já pensou que a empresa está te contratando para ajudá-la e não para ter mais um valor saindo mensalmente do seu caixa? Já pensou que você será remunerado na mesma proporção da sua contribuição à empresa?

    Se você contribui pouco para a empresa X você vai ganhar pouco. Se a empresa Y diz que paga acima da média local significa que você vai ganhar mais que a empresa X mesmo fazendo pouco.

    Quando eu tenho vontade de trabalhar numa empresa eu penso na quantidade de coisas legais que eu posso fazer nessa empresa e não em quanto eu vou ganhar. Só no final do processo é que me interesso pela remuneração.

    Ofereça-se apenas para vagas que você consegue trabalhar

    Esse é o pior tipo. É a famosa metralhadora giratória de curriculums. Parece que o cara tem um filtro no cliente de e-mail que pega e-mails com as palavras “vaga” ou “emprego” e já dá um reply automático com seu curriculum. Quando eu era o dono da empresa e ia contratar eu não só descartava esses curriculums como ainda marcava o nome do indivíduo na lista de “nunca contratar”.

    A vaga é para “desenvolvedor” e não para “administrador de redes”! Se você não consegue ler e interpretar um texto com uma oferta de emprego é bem provável que você também não consiga realizar a tarefa para a qual você seria contratado.

    Se você quer “mudar de ares” comece a estudar sobre “desenvolvimento” e mande esse tipo de informação no seu curriculum e não que você sabe instalar “postfix”, “manutenção de hardware” ou coisas do tipo.

    Se você não sabe se consegue, imagine o contratante

    Se você me manda um e-mail dizendo “Eu programo em Python mas não sei se dou conta de fazer o que vocês fazem” eu (no caso a empresa contratante) devo pensar o que?

    Se nem você sabe se dá conta imagina eu 🙂 Mesmo que eu te conheça pessoalmente e a gente tenha conversado sobre o trabalho é você quem tem que bater no peito e bradar: “Eu consigo!”.

    Então economize o seu tempo e o meu. Se você não tem certeza da sua capacidade não envie e-mail nenhum. Se você sabe que consegue mande direto o seu curriculum e se candidate à vaga.

    Analise a vaga em profundidade

    Antes de mandar o seu belo curriculum pra uma vaga procure saber mais sobre a empresa. Personalize o seu curriculum de forma a deixá-lo mais atraente para a tal vaga. Seja inteligente e perspicaz ao enviá-la (mas por favor polpe-se ao trabalho de inventar moda).

    Eu tenho umas 4 versões do meu curriculum (e uma versão em inglês para cada uma das 4) e sempre pego ele e edito antes de enviá-lo.

    Vamos à uma breve análise dos erros que vi:

    • Página 33 de 150: Não rola, né? 🙂 Se não dá pra resumir as coisas que você fez simplesmente elimine alguns dos empregos que você teve e não acrescentam nada ao seu CV. Por exemplo: eu trabalhei 3 anos em uma agência de publicidade como “publicitário” (ênfase nas aspas). Não preciso colocar isso pra uma vaga de desenvolvedor.
    • Olha a foto! Buuu!: Na mensagem tá pedindo “boa aparência”? Se não tá pedindo significa que tua aparência não importa, certo? Se tua aparência não importa a foto não serve pra nada. Pior: e se você for feio? Num eventual “empate” para a vaga a sua feiura pode te eliminar, mesmo em situações onde ela não seria importante.
    • Mexe com Linux? Pega o .doc: Erro primário esse. Se a vaga fosse pra trabalhar na Microsoft você mandaria seu curriculum no formato .odt? Porque você manda um .doc para trabalhar numa empresa que mexe com Linux? Ok, o OpenOffice “abre” esse tipo de arquivo mas o arquivo .doc mostra habilidade em que tipo de ambiente de trabalho? Na dúvida mande um .pdf, um .txt ou, como eu faço, um .html.

    Eu também uso esse conselho para dizer aos candidatos: inverta o papel de quem escolhe quem. Invista no seu aprimoramento muito mais do que o exigido pelo “mercado” e apresente-se numa situação onde a empresa quer contratá-lo.

    Eu já vi donos e gerentes de empresa fazendo leilão para levar um candidato. Se você é bom o suficiente para estar nessa situação você concordará comigo que é muito mais confortável.

    Mas seja honesto ao ser “leiloado”. Não blefe. Eu já vi ótimos programadores que se queimaram em ambas as empresas porque descobriram o blefe. Acabou sem nenhum emprego e com a imagem arranhada em um mercado onde todo mundo se conhece.

    Você trabalha no emprego perfeito, me aconselhe profissionalmente

    Pessoal, eu não sou o Max Gehringer. O máximo que eu posso dar de dica é para o tipo de trabalho que eu faço. As dicas do Max são legais para casos mais genéricos mas também não precisa levá-lo à sério demais porque senão você acaba virando mais um daqueles candidatos “robôs” cheio de respostas prontas e pré-fabricadas.

    Como teve mais de uma pessoa que me perguntou sobre “investir no aprendizado de Python” eu vou falar um pouco sobre esse caso específico:

    Invista o seu tempo em algo que te deixa feliz. Se você gosta de programar em Python invista em Python. Se gosta de programar mas não importa a linguagem programe em várias delas.

    Se você não gosta de programar? Vai fazer o que você gosta de fazer. Sai fora dessa área. Evite perder o seu tempo e o de outras pessoas que gostam de trabalhar com isso.

    E tem outra coisa: usar o trabalho nessa área como meio para ganhar dinheiro para no futuro atuar em outra área menos rentável. Isso é péssimo. Atue na área “menos rentável” e faça-a se tornar rentável.

    Pega o meu curriculum praquela vaga do mês passado

    Um certo dia eu ofereci uma vaga em uma empresa onde trabalhava que precisava ser preenchida com urgência e recebemos curriculums para essa vaga por mais de 3 meses.

    Se você vê que a oferta foi feita à mais de uma semana desiste.

    Se tiver uma gota de esperança de que a vaga não foi preenchida ou tem “inside informations” de que a vaga não foi preenchida tudo bem. Mas se não for esse o caso fica a lição pra você ficar mais atento.

  • Como aprender inglês sozinho (self-taught)

    Como aprender inglês sozinho (self-taught)

    Eu adoro aprender coisas novas, mas eu gosto de ter o controle sobre o meu aprendizado. Não tenho preguiça de ler nem de ouvir os ensinamentos, mas gosto de poder escolher quando, como e quais deles ouvir.

    Como quase todo mundo eu também tenho preferência em aprender as coisas que eu gosto mais e não gosto de “perder tempo” aprendendo coisas que eu não gosto. Eu coloquei “perder tempo” entre aspas porque acredito que “perder tempo” e “aprender” são dois conceitos que dificilmente andam junto (ou ao menos não deveriam andar junto).

    Pois bem, eu disse tudo isso porque eu não gosto de aprender idiomas. Não importa qual seja. Odiei aprender português enquanto estava na escola e não me esforcei em nada para aprender inglês nas escolas por onde passei (maioria de escolas públicas). Deixei muitos professores revoltados com o fato de que eu não prestava atenção à nenhuma aula e ainda assim conseguia boas notas. Mal sabiam eles que eu estudava a matéria que cairia nas provas. Só que do meu jeito e quando eu queria.

    Já comecei uns 10 cursos de inglês e até aprendi um pouco neles mas depois do segundo ou terceiro mês eu já estava desanimado e desestimulado a continuar. Isso acontece porque eu estou tendo que aprender algo que eu não gosto nas horas que os cursos determinavam e do jeito que eles queriam. Desse jeito não rola.

    Mas e aí? Eu preciso saber inglês no meu trabalho. E muito. Como eu faço pra aprender inglês? Decidi fazer um auto-aprendizado de inglês. E a minha professora seria a a vida offline e online.

    Mas eu não sabia nem por onde começar até que descobri o “poder dos blogs“, dos podcastings e até mesmo dos antigos métodos que usam música e filmes. Coletei alguns deles que listo abaixo e adquiri 3 livros essenciais para o aprendizado do idioma.

    BBC-Logo

    TV

    Assista o noticiário da BBC. Os apresentadores britânicos tem uma dicção melhor e falam mais devagar. É bem melhor para iniciantes do que a CNN 🙂

    Internet / Aplicativos

    A Internet e os smartphones disponibilizam diversas ferramentas de apoio aos estudantes de vários idiomas. Fiz uma pequena seleção dos que mais gosto. Se você tiver outras sugestões envie através dos comentários.

    Duolingo

    duolingo

    Esse aplicativo precisava ter sido inventado antes. Ele é fantástico. Transforma o estudo de inglês em um tipo de partida de “casual game” onde você vai passando de fase, ganhando prêmios (virtuais) conforme aprende um idioma.

    Estudei inglês com ele mas existem outros idiomas. E o melhor: totalmente gratuito (não tem nem que comprar créditos de nada).

    Esse projeto foi criado por um ex-funcionário do Google que usa o imenso contingente de pessoas que jogam o Duolingo para alimentar com dados sistemas computacionais que fazem traduções de documentos.

    English Experts

    Fornece um fórum com muitos usuários que podem te ajudar com diversos problemas. Funciona em um modelo de perguntas e respostas que vai premiando os participantes mais ativos.

    Tecla SAP

    Com um enfoque mais divertido e com histórias engraçadas de pessoas que se deram mal por não saberem inglês é outra boa dica para quem está aprendendo inglês.

    Infelizmente os feeds não funcionam muito bem e não são completos.

    English as a Second Language Podcast

    O mais bem produzido dos podcasts que avaliei é gratuito (exceto se você quiser adquirir o material auxiliar) e tem conversas usadas no dia-a-dia das pessoas seguido de explicações sobre o diálogo.

    Livros

    Os livros que apresento aqui são ferramentas de apoio e consulta nos seus estudos. Nenhum deles ensina inglês mas todos darão suporte aos seus esforços de aprender.

    Oxford Dictionary of Englishoxford-dict

    Um dicionário Inglês/Inglês é essencial. Eu sei que é algo caro mas, acredite, eu já comprei um “Michaelis” e considero o dinheiro gasto com ele perdido. A diferença da qualidade do dicionário Oxford e a sua utilidade justificam o gasto extra.

    Pense também que esse dicionário lhe servirá por toda a vida e que com essas dicas que estou dando você já está economizando bastante dinheiro.

    Oxford Phrasal Verbs

    Eu ainda não tenho esse e por essa razão tenho que ficar emprestando o de um companheiro de trabalho. O número de variantes de phrasal verbs é tão grande que merece um dicionário exclusivo para tratar deles. Phrasal Verbs são aquelas expressões compostas de verbo+advérbio ou verbo+preposição tipo: “break down”, “blow up”, “check in”, etc.

    Inglês + Fácil Gramática

    Essa é uma gramática de consulta rápida. Serve para tirar dúvidas esporádicas sobre gramática. A aquisição deste livro é opcional. É um dos que menos uso apesar de já ter me ajudado algumas vezes.

    Longman Dicionário Escolar Inglês/Português-Português/Inglês

    Esse dicionário não é muito completo mas o “conjunto da obra” torna-o excelente para aqueles que estão aprendendo inglês agora.

    O dicionário português/inglês é extremamente útil para enriquecer nosso vocabulário, os verbetes são fartamente ilustrados, os ‘boxes’ explicativos para expressões e gírias são fantásticos e o preço é excelente.

    Não deve ser o único dicionário em sua casa, mas é um bom começo. Aqui em casa meu filho usa o tempo todo.

    Hábitos Saudáveis

    Além do material indicado acima eu pratico alguns hábitos saudáveis para aperfeiçoar meus conhecimentos em inglês.

    Filmes

    Gosto muito de cinema e tenho o hábito de ver o mesmo filme várias vezes (se o filme for bom, é claro). Quando precisei aprender inglês passei a rever os filmes com a legenda em inglês.

    O áudio e a legenda não são iguais mas as palavras principais estão lá. Como eu já conheço a história (assisti com legenda em português antes) o cérebro passa a assimilar o som das palavras (reforçado pela legenda). Se o filme for realmente bom eu ainda tento assistir mais uma vez sem nenhuma legenda.

    Músicas

    Escute muito à músicas em inglês e, quando se sentir confortável, cante (mesmo no “embromation”) essas músicas.

    Depois procure a letra da música na internet (Google: nome-da-música lyrics) e tente cantar lendo a letra. É impressionante a quantidade de coisas que a gente achava que estava certo e não estavam.

    Traduzir a música pode ser interessante e buscar o significado dela melhor ainda.

    Outros

    • No seu computador: instale tudo em inglês.
    • Participe de grupos de bate-papo em inglês na internet ou em sua cidade. Em cidades maiores é fácil encontrar um grupo desses.

    Pratique

    Não tenha medo ou vergonha de se expressar em inglês mesmo que você ainda não esteja fluente. Lembre-se que o teu interlocutor não deve saber nada de português também 😀 O máximo que pode acontecer é você ser corrigido e aprender um pouco mais (só um babaca te zoaria por falar errado).

    Mais do que ter esse material terei que ter uma grande disciplina para dedicar tempo necessário para estudar.

    Atualização: esse artigo foi praticamente reescrito no dia 2/7/2014.
    Atualização de Links dia 14/06/2022

  • Regulamentação da nossa profissão

    Esse é o assunto polêmico do momento. Parece que se fala disso em todos os sites de tecnologia do momento mas acredito que a minha opinião sobre esse assunto ainda não apareceu em nenhum deles.

    Por essa razão vou escrever a minha opinião sobre o tema aqui no meu blog para que as pessoas que pensam o mesmo que eu possam se manifestar sobre o assunto.

    A minha opinião sobre a tentativa de regulamentar as profissões ligadas à informática é: eu não me importo.

    Sério. Eu não me importo se a profissão na qual eu trabalho vai ser regulamentada ou não. Porque eu não me importo com isso? Porque eu estou me formando e já trabalho a mais de 5 anos na área. Para as pessoas nessa situação nada vai mudar.

    O cenário onde nossa profissão não é regulamentada é o que vivemos hoje, logo, não vou me alongar muito nas explicações sobre ele e falarei mais sobre o cenário hipotético onde a regulamentação exista.

    Hoje um profissional da área que busca o seu lugar no mercado de trabalho se apresenta aos pretensos contratantes munido de todo o seu histórico profissional, ‘luta’ contra os outros candidatos e, no final, ganha ou perde a batalha (ou emprego).

    Na ponta do contratante as variáveis usadas para escolher um candidato para a vaga aberta são muitas. Tem empresa que pede diploma, outras pedem *um bom diploma* e outras nem pedem um diploma. Algumas outras pedem certificações caras, outras pedem certificações baratas e algumas não pedem certificação. Algumas pedem experiência, outras pedem exageros de experiência e outros exigem inexperiência(!).

    Mas tem algo que o contratante pede que é sempre uma constante: qualidade. A qualidade é uma característica ortogonal à todas as outras já mencionadas. A falta dela também. Então existem profissionais bons diplomados e não diplomados, Profissionais ruins certificados e não certificados e todas as outras combinações possíveis.

    No cenário onde a regulamentação existe teríamos um grupo só com os profissionais diplomados ou com algum tempo de experiência que seriam carimbados com o selo “Regulamentado!”.

    Pois bem, em que isso mudaria a vida dos contratados? Se eu não sou ‘regulamentado’ eu só conseguiria empregos onde a ‘regulamentação’ não é necessária restringindo aí as suas chances de ser contratado. Se ele for um bom profissional ele vai numa dessas ‘uniníquel’ estuda uns 2 ou 3 anos lá, pega um ‘canudo’ e grampeia junto com o Curriculum e tudo está resolvido. Só não pode esquecer de pagar a mesada para o órgão da categoria que seria criado à reboque da regulamentação.

    Se o profissional não-regulamentado for muito bom *mesmo* e uma empresa o recusa por essa razão o azar é da empresa. Ela que se dane sozinha. Sorte do profissional também por não ter que trabalhar em uma empresa que considere o carimbo de “Regulamentado!” mais importante do que as qualidades do profissional.

    Os profissionais regulamentados tem a ilusão de que com a regulamentação deixará de existir a concorrência desleal dos “Sobrinhos do Tio” que fazem um trabalho meia-boca por ‘délão’. Se fosse assim não teríamos mais abortos clandestinos no país, muito menos venda de medicamento sem receita, etc.

    Não podemos nos esquecer que as empresas que querem pagar pouco sempre vão pagar pouco não importando se o profissional é regulamentado ou não ou se a qualidade do trabalho será boa ou não (Vale lembrar que a regulamentação também não garante a qualidade do serviço).

    E na vida dos empresários, o que mudaria? Pouca coisa também. Se ele contratar um profissional regulamentado e o serviço for ruim o que acontece? Denunciá-lo por maus serviços é o mesmo que denunciar um médico por erro médico: você pode até ganhar alguma recompensa, mas o estrago já foi feito.

    E se ele não faz questão de ter um profissional regulamentado ele vai contratar essa pessoa de qualquer jeito. Mesmo que seja para registrá-lo como ‘lavador de pratos’. Se eu fosse empresário eu não daria a mínima importância para o carimbo de “Regulamentado!” de um profissional porque estaria restringindo as minhas alternativas de contratação e fazendo isso quantos bons profissionais não-regulamentados eu estaria perdendo?

    Eu faço faculdade e sei que isso não atesta a qualidade de um profissional. Também já fiz certificação e sei que isso também não atesta a qualidade de um profissional. Não vai ser um carimbo “Regulamentado!” que fará isso ser diferente.

    E se a regulamentação não vai mudar em nada porque eu deveria me preocupar com ela?